Marguerite Maury foi uma renomada pioneira da aromaterapia, escritora e uma importante autoridade nesse campo, em âmbito internacional, que usava óleos essenciais para cuidar da saúde e da beleza, desde os anos 30. Tinha particular interesse na prática medicinal de rejuvenescimento de culturas ancestrais, algo que poderemos encontrar neste livro.
Marguerite se inspirou em Renée Gatefossé, cujo livro ela sempre estava lendo.
Dr. Fenaroli foi outra pessoa que influenciou o trabalho de pesquisa dela sobre “o uso dos óleos essenciais para o bem-estar”. Ela redigiu para uma conferência médica, sobre como os óleos essenciais são absorvidos de forma seletiva pelos diferentes órgãos de nosso corpo, assim como as vitaminas.
Ela dizia que as essências das plantas eram a mais pura forma de energia viva que poderíamos usar em nós mesmos. Descreveu o processo do uso de óleos essenciais como um estímulo para o intelecto, para promover a recuperação do vigor vital, e como uma chave para trazer ao indivíduo um verdadeiro sentimento de bem-estar e equilíbrio.
Em 1960, M. Maury fez uma citação na conferência de Milão sobre a importância da inalação de substâncias odoríferas: […] “Mas o maior benefício é o efeito da fragrância no estado psíquico e mental do indivíduo. O poder de percepção se torna maior, mais aguçado, há uma sensação de ‘enxergar’ com maior objetividade, por uma perspectiva mais verdadeira”.
Marguerite e o cientista Paolo Rovesti também se conheceram nessa conferência. Ambos tinham muitas coisas em comum, trabalharam juntos por muitos anos, pesquisaram e escreveram matérias sobre o uso dos óleos essenciais em medicina, cosmetologia e química. Juntos também proferiram palestras sobre esse assunto.
Marguerite ganhou uma incrível reputação, bem como dois prêmios internacionais – um em 1962 e outro em 1967 – por seu extraordinário trabalho. Ela afirmava que aromaterapia não é uma massagem, era o uso terapêutico de substâncias odoríferas, e a massagem era apenas uma das formas de levá-las a determinadas partes do corpo, onde deveriam agir. Ela é um dos seus métodos de aplicação na pele – a maior glândula do corpo – para absorção, mas também é importante a inalação ou a ingestão das moléculas odoríferas através dos alimentos. Ela desencorajava o uso dos óleos essenciais internamente, pois achava prejudicial para a saúde principalmente quando não se tivesse certeza da sua procedência.
Tentou durante sua vida encontrar e identificar quais ingredientes podiam ser utilizados como remédios para a pele. Ficou evidenciado, depois de todas as suas pesquisas, que as melhores formas eram a farmacopeia natural e o poder dos óleos essenciais.
Ela aconselhava inalar e aplicar óleos essenciais todos os dias, e dizia: “[…] em breve a pele será brilhante, saudável e com aparência jovem – mesmo com apenas algumas gotas você pode conseguir muito!”
Marguerite Maury abriu uma clínica em Londres no início da década de 1960, que não existe mais, porém, quando se foi, em setembro de 1968, deixou, com seu trabalho, marcas indeléveis de sua presença em todos nós.